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quarta-feira, 10 de março de 2010
Brilha estrela no céu
Passe meus amores no mel
Transforme meu sapo em príncipe
Que eu também quero voar
Perfume meus sonhos de flor
Acorde os anjos sem louvor
Abra a janela de vidro
Deixe entrar esse ritmo
Eu quero as faixas, coloridas
O gosto, o sabor
A mordida
As nuvens em pó, a ferida
Que arde sem saber de onde vem
Que soltem os pássaros nesse mundo
Que mudem a sorte e o obscuro
Que façam versos tão mudos
Que gritem a voz que agente tem
O silêncio transcendeu a partida
O pouco negou a corrida
A hora acabou com o tempo
Que gastamos a sós no relento
Os mares abriram o caminho
O verde coloriu o teu ninho
O pouco voltou
E o pouquinho,
Ficou escondido dentro do baú
E o urubu que cortou essa estrada
E a musa que fora lançada
Acabaram juntos, sem dó
E o nó que desfez minhas palavras
Se firmou de vez com essa magoa
De achar-me sempre tão só
Na solidão e no descaso
Na procura, do ilustre e no acaso, loucura
Espero sim ainda, por aquele olhar
Que buscou sempre o futuro
Mas o vazio me remota o meu mundo
Que em segundos esqueço,
Desvaneios sem fim
Irradio sem querer a esperança
E a criança perdida relança
No mundo dos sonhos
A dormir
Os olhos fechados não sabem
A memória ferida, engole
pela noite o que resta,
De mim.
terça-feira, 2 de março de 2010
Agora é pra ficar
Andei pensando, faz tempo que não publico aqui.
Será por quê?
Não sei, nem mesmo ouso descobrir
Há muito procuro um lugar para desabafar, para sonhar, para transcender, será esse o lugar?
Nem sei
As vezes me perguntam porque parei de postar coisas nesse blog, e eu sempre respondo: porque ninguém lê ue!
Mas se alguém perguntou é porque um dia leu...
Enfim, estou de volta
I’m back
Porque aqui é o meu lugar
Entre beijos e prantos
Na boca dos sonhos
Nos abraços esquecidos
No vento do dia frio
Redescobri um amor
Que há muito andava perdido
Amor de escrever
Amor de criar
Amor de inventar
De ir além e de ser
Aquele amor de poeta
Que nem sabe o porquê
Estranho talvez
Nesse momento, quem sabe?
O dia é novo e continua
Novos ventos
Novos ares
O bom filho retorna a casa
Porque não já se apossar das chaves?
Muito em mim mudou
Vão gostar? Quem sabe?
Mas quem escreve com a alma sempre diz
Coisas comuns
Banais , que vocês já sabem?
Porquê escrever então?
Não sei, quem sabe?
Vou parar de me questionar e escrever
Quem sabe um dia
Ao menos esse porque se cale.