Pesquisar este blog

domingo, 2 de maio de 2010

Porque cada um enxerga de uma forma




Não se sabe quem arranhou o disco
Não se sabe quem rasgou o jornal
Não se sabe quem esqueceu a TV ligada
Não se sabe quem trocou o canal.

Não se sabe quem largou a vela acessa
Não se sabe se quem mudou a estação
Não se sabe onde está aquele pé de meia
Não se sabe se é problema ou é solução.

Não se sabe quem ascendeu o cigarro
Não se sabe quem mordeu aquele pão
Não se sabe se pula amarelinha ou joga baralho
Não se sabe se encara a situação

Não se sabe se é drama ou é novela
Não se sabe se ama ou gosta não
Não se sabe se apaga ou ascende a vela
Não se faz uma observação

Não se sabe quem chamou aquele silêncio
Não se sabe se é nuvem ou algodão
Não se sabe se chora ou deixa o vento
Tomar conta de toda a emoção

Não se sabe lavar roupa suja
Não se sabe comprar na liquidação
Não se sabe quem falou aquela frase
E começou a recordação

Não se sabe quem matou o seu vizinho
Não se sabe quem começou a contradição
E se diz que tudo é no mesmo caminho
Mas se anda pela contramão

Não se sabe quem escorregou e caiu
naquele verão
domingo no parque.

Não se sabe se o que digo faz algum sentido
Não se sabe se é profundo
ou é só bobagem

Não se sabe o que diz
Não se sabe o que fala
Não se sabe o que conta
Não se sabe e não se inventa nada

Não se sabe como se para a palavra
Não se sabe pra onde vai o dinheiro
Não se acha
E não se procura nada

Não se sabe se o saber vale alguma coisa
Mas se sabe que o tentar de algo vale
Não se sabe do amanhã e do seu destino
Mas se sabe que o presente tá se construindo

E algo mais se deve saber...

quarta-feira, 10 de março de 2010


Brilha estrela no céu
Passe meus amores no mel
Transforme meu sapo em príncipe
Que eu também quero voar

Perfume meus sonhos de flor
Acorde os anjos sem louvor
Abra a janela de vidro
Deixe entrar esse ritmo

Eu quero as faixas, coloridas
O gosto, o sabor
A mordida
As nuvens em pó, a ferida
Que arde sem saber de onde vem

Que soltem os pássaros nesse mundo
Que mudem a sorte e o obscuro
Que façam versos tão mudos
Que gritem a voz que agente tem

O silêncio transcendeu a partida
O pouco negou a corrida
A hora acabou com o tempo
Que gastamos a sós no relento

Os mares abriram o caminho
O verde coloriu o teu ninho
O pouco voltou
E o pouquinho,
Ficou escondido dentro do baú

E o urubu que cortou essa estrada
E a musa que fora lançada
Acabaram juntos, sem dó

E o nó que desfez minhas palavras
Se firmou de vez com essa magoa
De achar-me sempre tão só

Na solidão e no descaso
Na procura, do ilustre e no acaso, loucura
Espero sim ainda, por aquele olhar

Que buscou sempre o futuro
Mas o vazio me remota o meu mundo
Que em segundos esqueço,
Desvaneios sem fim

Irradio sem querer a esperança
E a criança perdida relança
No mundo dos sonhos
A dormir

Os olhos fechados não sabem
A memória ferida, engole
pela noite o que resta,
De mim.

terça-feira, 2 de março de 2010

Agora é pra ficar



Andei pensando, faz tempo que não publico aqui.
Será por quê?

Não sei, nem mesmo ouso descobrir

Há muito procuro um lugar para desabafar, para sonhar, para transcender, será esse o lugar?

Nem sei

As vezes me perguntam porque parei de postar coisas nesse blog, e eu sempre respondo: porque ninguém lê ue!

Mas se alguém perguntou é porque um dia leu...

Enfim, estou de volta

I’m back

Porque aqui é o meu lugar

Entre beijos e prantos

Na boca dos sonhos

Nos abraços esquecidos

No vento do dia frio

Redescobri um amor

Que há muito andava perdido

Amor de escrever

Amor de criar

Amor de inventar

De ir além e de ser

Aquele amor de poeta

Que nem sabe o porquê

Estranho talvez

Nesse momento, quem sabe?

O dia é novo e continua

Novos ventos

Novos ares

O bom filho retorna a casa

Porque não já se apossar das chaves?

Muito em mim mudou

Vão gostar? Quem sabe?

Mas quem escreve com a alma sempre diz

Coisas comuns

Banais , que vocês já sabem?

Porquê escrever então?

Não sei, quem sabe?

Vou parar de me questionar e escrever

Quem sabe um dia

Ao menos esse porque se cale.